O que é a morte? O que acontecerá depois que eu morrer? A
Bíblia responde a essas perguntas.
O que é a morte?
A morte é uma separação. Podemos entender este fato
claramente, considerando como a Bíblia descreve a morte espiritual. Comecemos
no livro de Gênesis, onde encontramos pela primeira vez o conceito de morte.
Quando Deus disse a Adão que não comesse da árvore do
conhecimento do bem e do mal, ele revelou que a conseqüência da desobediência
seria a morte no mesmo dia do pecado (Gênesis 2:17). Com certeza, Deus cumpriu
sua promessa sobre a conseqüência do pecado, porque ele sempre fala a verdade
e nunca quebra uma promessa. Por causa do pecado do casal original, Deus
expulsou-os do Jardim do Éden (Gênesis 3:23-24). Mesmo tendo Adão vivido, em
seu corpo físico, por 930 anos, ele e sua esposa morreram no dia de seu pecado,
no sentido de que eles foram separados de Deus. A morte espiritual é a
separação de Deus.
O caso de Adão e Eva nos ajuda a entender que é possível
estar fisicamente vivo, enquanto morto espiritualmente (veja Efésios 2:1-6, por
exemplo). A razão para esta morte espiritual esta separação de Deus é sempre
a mesma. Separamo-nos de Deus pelo nosso próprio pecado (Isaías 59:1-2).
A morte física também é uma separação. Quando o corpo está
separado do espírito, ele está morto (Tiago 2:26). Eclesiastes 12:7 nos diz
que isto é o que acontece no fim da vida física: "O pó volte à terra,
como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu".
O que acontecerá após a minha morte?
É claro que o espírito voltará a Deus, mas o que ele fará
com meu espírito? Mesmo que a Bíblia possa não satisfazer toda a nossa
curiosidade sobre o que acontece depois da morte, ela é clara ao apresentar
diversos fatos vitais:
- Deus confortará o fiel e mandará o ímpio para um lugar de
tormento (Lucas 16:25).
- Deus julgará cada pessoa (Hebreus 9:27). Este julgamento
será de acordo com a palavra que Deus revelou através de Seu Filho (João
12:48). Ele julgará as coisas que fizemos em corpo (2 Coríntios 5:10).
Passagens como Mateus 25:31-46 e 2 Tessalonicenses 1:7-12 mostram claramente que
haverá uma eterna separação (morte espiritual) entre os justos (obedientes) e
os injustos (desobedientes).
Podemos concluir, então, que a morte eterna não é o fim da
existência, mas uma eterna separação de Deus. É óbvio no caso do homem rico
porém desobediente em Lucas 16 que uma pessoa ainda será consciente, mas que o
injusto nunca pode atravessar a separação para estar na presença de Deus.
Aplicações: Respondendo às doutrinas humanas
Infelizmente, há muitas doutrinas conflitantes sobre a morte e
a eternidade. Consideremos, brevemente, quatro exemplos de doutrinas humanas que
contradizem o ensinamento da Bíblia.
Doutrina humana: A morte é o fim da existência
As pessoas que não acreditam na existência de Deus,
obviamente, negam a idéia de vida após a morte. Outros, mesmo entre aqueles
que se proclamam seguidores de Jesus, ensinam que os injustos deixarão de
existir, quando morrerem. Em contraste, Jesus claramente ensinou que a
existência não cessa com a morte (Mateus 22:31-32). O problema fundamental
nesta doutrina humana que diz que a existência cessa com a morte, é o erro de
não entender que a morte é uma separação, e não o fim da existência da
pessoa (veja Tiago 2:26). As doutrinas de igrejas que negam a existência do
inferno não obstante, a Bíblia mostra que o ímpio sofrerá eternamente,
separado de Deus para sempre (Mateus 25:41,46).
Doutrina humana: A reencarnação
Muitas pessoas estão fascinadas pela idéia da reencarnação,
incluindo-se aquelas que seguem religiões orientais, como o hinduismo, e outras
que aceitaram a filosofia da "Nova Era" ou os ensinamentos do
Espiritismo. A doutrina da reencarnação é que nossa alma voltará,
possivelmente centenas de vezes, para viver novamente e para ser aperfeiçoada
em consecutivas vidas. A Bíblia não diz nada para provar esta idéia. Em
contraste, a Bíblia ensina que morreremos só uma vez. Hebreus 9:27-28 diz:
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo,
depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos
que o aguardam para a salvação". Pense no significado desta
afirmação. Se uma pessoa precisa morrer muitas vezes, qual é o valor do
sacrifício de Jesus? Teria ele também que morrer muitas vezes? Esta passagem
mostra que ele morreu uma vez para pagar o preço de nossos pecados. Note,
também, que a idéia de que nossas almas são aperfeiçoadas através da
reencarnação é absolutamente oposta à doutrina Bíblica de que somos salvos
pela graça de Deus (Efésios 2:8-9).
Doutrina humana: O purgatório
A doutrina do purgatório foi propagada pelo catolicismo e
sugere que há uma oportunidade depois da morte para sofrer por causa de certos
pecados antes de entrar no céu. Esta doutrina diminui o valor do sacrifício de
Cristo, que deu a seus servos o dom gratuito da salvação. Não podemos merecer
nossa passagem para o céu, nem antes nem depois da morte. Quando a Bíblia fala
da situação dos mortos, ela diz que é impossível ao ímpio escapar dos
tormentos para entrar no conforto dos fiéis (Lucas 16:25-26). A doutrina do
purgatório, simplesmente, não é encontrada na Bíblia.
Doutrina humana: Comunicação com os mortos
A prática do espiritismo e de algumas outras religiões, ao
tentar comunicar- se com os mortos, é absolutamente oposta ao ensinamento da
Bíblia. Quando o homem rico de Lucas 16 pediu que um mensageiro dos mortos
fosse enviado para ensinar sua família, Abraão disse que isso nem era
permitido, nem necessário (Lucas 16:27-31). No Velho Testamento, Deus condenou,
como abominações, esses esforços para consultar os mortos (Deuteronômio
18:9-12). A consulta aos mortos é ligada à idolatria e à feitiçaria, coisas
que são sempre condenadas, tanto no Velho como no Novo Testamento. É,
absolutamente e sempre, errado tentar consultar os mortos.
Conclusão: O que faremos?
O entendimento correto do ensinamento Bíblico sobre a morte tem
aplicação prática em nossas vidas. Eis duas sugestões específicas sobre as
aplicações que devemos fazer:
1. Devemos resistir às doutrinas e práticas que não são
baseadas na Bíblia, incluindo:
- A idéia de que a existência termina com a morte.
- A idéia de que podemos tentar comunicar-nos com os mortos.
- A doutrina de que as pessoas passarão pelo purgatório antes
de entrar no céu.
- A doutrina da reencarnação.
2. Devemos viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia,
de modo que estejamos prontos, quando encontrarmos Jesus (Mateus 24:42-44; 2
Pedro 3:10-13).
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